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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Segunda-feira não precisa ser chata

Não mesmo. Ainda mais se o assunto for aquele filme bacana que você assistiu no cinema ou na televisão. O que isso tem a ver com um blog que fala sobre política, economia e a sociedade em geral? Tudo. Sim, tudo. Graças a essas vastas opções de filmes que nós temos à disposição. Para provar-lhes, começarei falando de um dos melhores filmes de 2009, na minha humilde opinião: Bastardos Inglórios. (Que fique claro: não farei críticas/resenhas sobre filmes, somente os usarei para ilustrar um ponto de vista).


Primeiramente, vamos aos dados “técnicos”. O diretor é nada mais, nada menos que o grande Quentin Tarantino. O elenco conta com o queridinho Brad Pitt, o fantástico vencedor do Oscar Cristoph Waltz, a francesa Melanie Laurent, o ator/diretor/produtor/escritor Eli Roth, o eterno Austin Powers – mais conhecido como Mike Myers – entre outros nomes não menos importantes.  
“Once upon a time in Nazi occupied France...” (Era uma vez, na França ocupada por nazistas...). A-há! Um filme sobre a Segunda Guerra Mundial! Sim, e dos bons. Se me permitem, vou colar pra vocês a sinopse postada pelo Cinepop:

“No primeiro ano da ocupação da França pela Alemanha, Shosanna Dreyfus testemunha a execução de sua família pelas mãos do coronel nazista Hans Landa (Waltz). Shosanna escapa por pouco e parte para Paris, onde assume uma identidade falsa e se torna proprietária de um cinema.          

Em outro lugar da Europa, o tenente Aldo Raine (Pitt) organiza um grupo de soldados americanos judeus para praticarem atos violentos de vingança. Posteriormente chamados pelo inimigo de “os Bastardos”, o esquadrão de Raine se une à atriz alemã Bridget Von Hammersmark (Kruger) em uma missão para derrubar os líderes do Terceiro Reich. O destino conspira para que os caminhos de todos se cruzem em um cinema, onde Shosanna pretende colocar em prática seu próprio plano de vingança...”.

“Jewish vengeance”, como é dito no próprio filme. Sendo Tarantino o diretor que é, já se pode deduzir que não é meramente um filme sobre a Segunda Guerra Mundial. De fato, não é somente isso. A trama do filme gira em torno de um grupo de judeus buscando sua merecida vingança em plena Segunda Guerra Mundial. O grupo de judeus revoltosos conta com a francesa Shosanna, o grupo de americanos - cujo nome dá título ao filme -, a traidora alemã Bridget Von Hammersmark e também conta com a ajuda de alguns ingleses. Os que não assistiram ao filme se perguntam: “E eles conseguiram?”. Bom, não quero estragar o filme pra ninguém, então deixarei a pergunta no ar. “Vingança judia”... Não soa ótimo até pra quem não faz parte de qualquer grupo que sofreu opressão nazista? Convenhamos, basta ter um conhecimento mínimo sobre tal ideologia para sentir alguma revolta.                      

A questão é: é errado querer vingar-se? E, quando pergunto isso, não me refiro somente à questão nazista. Como num geral, muito se fala que a vingança é um sentimento dos fracos e que cabe ao mundo punir os culpados ou que devemos exercer o poder do perdão.  Infelizmente, nem sempre o mundo pune os culpados. Isso porque o mundo não é justo e não há como negar. Quem nunca ouviu a famosa frase: “As pessoas têm o que elas merecem”? Eu, particularmente, prefiro a versão alternativa do famoso Dr. House: “As pessoas têm o que elas têm. Não tem nada a ver com o que elas merecem”.           
           
Respondendo a pergunta do parágrafo anterior, não acho errado buscar por vingança, mas há casos e casos. Uma coisa é buscar vingança porque foi usado em experiências e testes farmacêuticos frustrados e teve seu corpo transformado (V de Vingança) ou, simplesmente, tentar caçar o assassino de seu pai (Bravura Indômita), outra coisa é espancar alguém que pisou no seu pé (exemplo aleatório). Nos filmes citados acima, o mundo “esqueceu” de punir os culpados, então os injuriados decidiram fazer a justiça com as próprias mãos. Errado? É difícil julgar apenas olhando de fora. Só saberemos fazer um julgamento mais próximo de preciso, se um dia passarmos por situações assim. Eu, sinceramente, espero que nunca tenhamos que experimentar tal sentimento. Pode ser justo, mas, de fato, destrói.

Terceira lei de Newton: Toda ação provoca uma reação de igual intensidade, mesma direção e em sentido contrário.



Esses são só alguns pensamentos aleatórios da mais nova membro do IPA que aqui vos fala. Nos vemos na próxima segunda-feira.

Jess Freitas

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