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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Donos da nossa própria história

Convidada especial dos "Índios por acaso" para o mês de Junho, Laura Abreu, 20, amazonense, é cantora revelação da região.


Inicialmente, já acho o nome "kit gay" vulgar e ofensivo. No entanto, acredito que a proposta é introduzir nessa juventude que se recicla com o passar dos anos o pensamento de que somos todos iguais, independente de raça, opção sexual, religião e todas essas coisas individuais a cada ser. Não somos negros ou brancos, heterossexuais, bi ou gay... Somos todos humanos e donos da nossa própria história. Cheguei a ver recentemente um discurso bizarro do então deputado federal Bolsonaro e de um dos integrantes do partido cristão, onde os mesmos tratam os homossexuais de forma agressiva, ofensiva e com uma perversidade entristecedora. Eu acredito firmemente que qualquer maneira de amar é válida e ninguém deve ser diminuído nessa vida pelos afetos o qual escolheu ter. Na década de 70, um soldado americano condecorado na guerra do Vietnã assume a sua homossexualidade e é sumariamente desligado das forças armadas e produz uma frase antológica: "Por matar dois homens recebi uma medalha de honra, por amar outro fui expulso das forças armadas."

Tivemos ao longo da história de nossa nação, milhões de negros que foram trazidos a força em navios negreiros, índios que foram dizimados, deficientes que foram sacrificados, mulheres agredidas moralmente, judeus mortos e perseguidos... Com isso podemos perceber que ao longo dos séculos a sociedade cria sempre uma racionalização para justificar o preconceito.

A homossexualidade é um fato da vida, uma circunstancia pessoal ou até mesmo um destino.

É certo que o Brasil tem outros mil problemas para ser resolvidos como a educação, melhores condições dentro de escolas públicas, saúde, miséria, racismo, o bulying, entre outros.  O que o Brasil realmente tem de fazer é decidir de qual lado vai ficar: se vão avançar com o processo social e incluir todos, ou se vão parar com o processo social e continuar com o preconceito.

Uns dizem que o “kit gay” vai ser distribuído para crianças a partir dos sete anos, outros, dizem que a partir dos quinze anos. De cara, sou contra a distribuição de “kit gay”, “kit hetero” ou qualquer outro “kit” nesse sentido para crianças de sete anos, pois acredito que essa não seja a idade ideal para tais informações. Bom! A meu ver, adolescentes a partir dos doze anos poderiam ter acesso a esse material. Eu pelo menos nessa idade já conseguia discernir o certo do errado, o feio do belo, o mal educado e o educado e assim por diante. É certo que esse kit poderá ajudar não só na diminuição de violência contra homossexuais, como poderá vir a evitar muito preconceito, diagnósticos depressivos etc. Essa juventude é a promessa de um futuro melhor e mais justo. No entanto, se não pudermos contar com a ajuda dos pais para que seus filhos respeitem o próximo independente de suas escolhas, raça, religião ou opção sexual, o sonho de um futuro mais justo, pode-se se tornar ainda mais distante.

Chega de criar motivos para guerrear, parar descriminar, para diminuir o ser humano. 

Hoje nos Estados Unidos, receitam-se mais remédios para depressão do que para qualquer outra doença.

A taxa de suicídio entre adolescentes e jovens adultos aumentou 5.000% nos últimos 50 anos. Se este maciço crescimento da taxa de suicídio entre as novas gerações não é um sinal evidente de que nem tudo vai bem, o que mais poderá ser?


Laura Abreu

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Educação: A Base de Tudo!



Nos dias de hoje, a educação é considerada um dos fatores de grande importância para o desenvolvimento de uma nação. É com conhecimento que um país cresce e se desenvolve, aumentando sua renda e a qualidade de vida de seus habitantes. Apesar de nosso país o Brasil ter avançado bastante neste campo nas últimas décadas, ainda temos muito o que fazer. As escolas (Ensino Fundamental e Médio) ou as universidades tornaram-se locais de grande importância para a ascensão social e muitas famílias tem investido muito neste setor. A educação no Brasil, segundo o que determina a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) deve ser gerida e organizada separadamente por cada nível de governo. O Governo Federal, os Estados, o Distrito Federal e os municípios devem gerir e organizar seus respectivos sistemas de ensino. Cada um desses sistemas educacionais públicos é responsável por sua própria manutenção, que gere fundos, bem como os mecanismos e fontes de recursos financeiros. A nova constituição reserva 25% do orçamento do Estado e 18% de impostos federais e taxas municipais para a educação. Um país para evoluir necessita de uma educação de qualidade como um dos principais pontos de partida, fato esse considerado meio que distante da realidade brasileira. Apesar disso, o Governo Federal, com o objetivo de melhorar a educação no Brasil, criou o PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação), o plano ainda prevê acompanhamento e assessoria aos municípios com baixos indicadores de ensino, em busca de melhorar a educação no país.



Pesquisas na área educacional apontam que um terço dos brasileiros frequentam diariamente a escola (professores e alunos). São mais de 2,5 milhões de professores e 53 milhões de estudantes matriculados em todos os níveis de ensino. Estes números apontam um crescimento no nível de escolaridade do povo brasileiro, fator considerado importante para a melhoria do nível de desenvolvimento de nosso país. Esta queda no índice de analfabetismo deve-se, principalmente, aos maiores investimentos feitos em educação no Brasil nos últimos anos. O governo como um todo tem dedicado uma atenção especial a esta área. Programas de bolsa educação tem tirado milhares de crianças do trabalho infantil para ingressarem nos bancos escolares. Programas de Educação de Jovens e Adultos (EJAs) também tem favorecido este avanço educacional. Tudo isto, aliado a políticas de valorização dos professores, principalmente em regiões carentes, tem resultado nos dados positivos. Já a PDE tem como a principal função oferecer educação básica de qualidade a todos os indivíduos, realizando investimentos na educação profissional e superior, visto que apresentam uma relação íntima, envolvendo um trabalho em conjunto, no qual pais, alunos, professores e gestores visem o sucesso e a permanência do aluno na escola. Uma outra notícia importante na área educacional diz respeito ao índice de analfabetismo. Recente pesquisa do PNAD - IBGE mostra uma queda no índice de analfabetismo em nosso país nos últimos dez anos (1992 a 2002). Em 1992, o número de analfabetos correspondia a 16,4% da população. Esse índice caiu para 10,9% em 2002 e para 10% em 2008. No ano de 2009 verificou-se uma nova queda para 9,7%. Ou seja, um grande avanço, embora ainda haja muito a ser feito para a erradicação do analfabetismo no Brasil. Outro dado importante mostra que, em 2006, 97% das crianças de seis a quatorze anos estão frequentando a escola.  Reformulando e resumindo os dados do PNAD, em 2007, a taxa de literacia brasileira foi de 90% da população, o que representa 14,1 milhões de analfabetos no país, já o analfabetismo funcional atingiu 21,6% da população. O analfabetismo é mais elevado no Nordeste, onde 19,9% da população é analfabeta. Ainda segundo o PNAD, o percentual de pessoas na escola, em 2007, foi de 97%  na faixa etária de 6 a 14 anos e de 82,1% entre pessoas de 15 a 17 anos enquanto o tempo médio total de estudo entre os que têm mais de 10 anos foi, em média, de 6,9 anos. Uma ressalva a se fazer foi à queda no índice de repetência escolar, que tem diminuído nos últimos anos. A repetência acaba tirando muitos jovens da escola, pois estes desistem. Este quadro tem mudado com reformas no sistema de ensino, que está valorizando cada vez mais o aluno e dando oportunidades de recuperação. As classes de aceleração também estão dando resultados positivos neste sentido. Um país não progride com uma educação precária, todas as pessoas necessitam e devem ter acesso a um mínimo de educação básica. A aprovação da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) propiciou grande avanço no sistema de educação de nosso país, visando que a escola se torne um espaço de participação social, valorizando a democracia, o respeito, a pluralidade cultural e a formação do cidadão, dando mais vida e significado para os estudantes. O ensino superior começa com a graduação ou cursos sequenciais que podem oferecer opções de especialização em diferentes carreiras acadêmicas ou profissionais. Dependendo de escolha, os estudantes podem melhorar seus antecedentes educativos com cursos de pós graduação Stricto Sensu ou Lato Sensu. A educação brasileira é regulamentada pelo Governo Federal, através do Ministério da Educação, que define os princípios orientadores da organização de programas educacionais. Os governos locais são responsáveis por estabelecer programas educacionais estaduais e seguir as orientações utilizando os financiamentos oferecidos pelo Governo Federal. As crianças brasileiras têm que frequentar a escola no mínimo por 9 anos, porém a escolaridade é normalmente insuficiente sem contar a infra-estrutura física das escolas. A Constituição Brasileira de 1988 estabelece que "educação" é "um direito para todos e um dever do Estado e da família, e está a ser promovida com a colaboração da sociedade, com o objetivo de desenvolver plenamente o desenvolvimento integral da personalidade humana e a sua participação nos trabalhos com vista ao bem-estar comum;

·     Preparar os indivíduos e a sociedade para dominar recursos científicos e tecnológicos que permitirão a utilização das possibilidades existentes para o bem-estar comum;
·         Defesa, difusão e expansão do patrimônio cultural;
·      Condenando qualquer tratamento desigual resultante de cunho filosófico, político ou de crença religiosa, assim como qualquer classe social ou de preconceitos raciais.



A educação é muito importante não só para o desenvolvimento de uma nação, mas também para o desenvolvimento individual de cada pessoa, ela abre portas para o conhecimento. Trata-se de um processo de desenvolvimento das capacidades morais, intelectuais e físicas dos indivíduos. A educação é uma arte que têm papel fundamental de inserir da melhor forma possível as pessoas na sociedade. O processo da Educação é feito por nós, em nós. Não existe falta de educação, existe educação extraviada, por uma correlação familiar ou do meio, ou até por uma falta de comunicação adequada. Antigamente, a "semente" da educação era o exemplo, hoje continua sendo, tanto entre as pessoas quanto entre os animais, nos quais prevalece o instinto. Temos que ressaltar que, a evolução da educação no país, tem que ter a participação intensiva da sociedade e um plano de desenvolvimento para educação que deve ultrapassar um projeto de lei voltado para nível de governo federal, e sim tomar posse de todos os cidadãos que fazem parte da nação. A educação é um direito de todos e é dever do estado prover educação à sua nação e lutar por ela deve ser uma obrigação de todos os cidadãos. Um país precisa do seu povo como companheiro fiel na luta por melhores oportunidades e condições de vida, principalmente em busca de desenvolvimento e conhecimento, para isso temos que descentralizar e marginalizar as políticas públicas no combate e erradicação do analfabetismo!

Japa Ramos 






sexta-feira, 10 de junho de 2011

Evolução e Tecnologia



Em um dos meus dias de labuta para ir à faculdade, indaguei um singelo gesto de ceder o meu assento a um idoso. Quando lhe ofereci se negou a aceitar, mas, logo me levantei e dei o lugar a ele que não teve como recusar. Isso fez com que o senhor viesse a conversar comigo, no início não quis saber muito da conversa, mas depois de um tempo comecei a prestar atenção, e vi que aquele senhor tinha fatos interessantes a narrar. Tudo o que será narrado neste post é baseado no relato daquele senhor, claro que com um pouco mais de pesquisa e termos técnicos além do meu ponto de vista em relação ao assunto.  





No decorrer da história, “os homens” tendem a desenvolver sua tecnologia para maior comodidade e facilidades em sua vida. Isso vem dos mais remotos tempos, observa-se que a procura por essa comodidade fez com que a espécie humana viesse a desmistificar à natureza, com suas leis, a desenvolver mecanismos, a criar métodos, equipamentos e convenções, tudo em torno do conforto dele. O grande avanço tecnológico veio acompanhado do grande espanto das pessoas e um choque inicial causado por toda grande novidade, após o choque as pessoas passaram a se adaptar a tecnologia ou produto tecnológico e a seguir de perto o aperfeiçoamento dela, o que faz com que troquem a tecnologia ou produto tecnológico por outro mais elaborado que venha a cessar as suas necessidades, formando um ciclo vicioso neste processo. Tudo isso fez com que a humanidade pudesse ter a percepção do seu avanço tecnológico, infelizmente com destruições originadas por equipamentos de guerra, ou grandes conquistas evolutivas através da tecnologia na área da saúde, telefonia e eletrônica com os computadores e televisores. Não importando todos os bens conquistados o ser humano em sua essência continua insatisfeito e procurando cada vez mais desafios para ultrapassá-los. Com certa aflição e medo, que abalam as esperanças de todos na humanidade e nela mesma, demonstra que todo este conhecimento material não possui a capacidade de preencher esse descontentamento. O que acontece ocasionado, por a humanidade ainda não saber o que fazer com todos esses inventos, procedentes de uma imensa capacidade criadora do homem. Fica transparente que o homem continua desenvolvendo e aperfeiçoando cada vez mais suas tecnologias, mas sem infligir a essa algo eficaz que possa auxiliar todos os homens e trazer-lhes, de forma geral, o conforto fornecido pelo avanço tecnológico. Fica claro que a tecnologia é criada para sanar as necessidades de poucos, o que gera grande insatisfação de muitos, no que diz respeito a que muitos têm e poucos não. Ressaltando que, para todos da humanidade, e não apenas para pouquíssimos.



A humanidade não deve ter o desenvolvimento tecnológico como seu objetivo final, porque a tecnologia alcançada deve servir de subsídio para o nosso crescimento e evolução. E quando descobrirmos o nosso objetivo grandioso, que pode até ser ajudar os seres humanos que ainda não se encontraram aí sim a tecnologia também estará em sintonia com um objetivo, que é servir aos seres humanos. No entanto, continuaremos insatisfeitos com a tecnologia, como também com sua ausência, por não se reconhecer como ser humano. Por isso, a maior conquista não está na tecnologia, mas sim na aplicação desta tecnologia para o bem da humanidade como um todo.
 
Japa Ramos