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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Professor, profissão: sofredor…


Faço juízo de valor. O profissional atuante na área de educação é merecedor de um bom salário. Quando cito bom salário, quero declarar que seja acima de 10 salários mínimos. Quem discordar há de possuir um rico argumento para “parecer” convincente.

Seria lógico um capacitador ganhar pouco, sendo ele o principal encarregado de preencher a lacuna vazia na mente dos aprendizes?

Ademais, me surpreende de fato ao me deparar e consequentemente, comparar inevitavelmente com o salário de outros profissionais como jogadores de futebol, políticos, simples empresários, entre outros ganhadores de vencimentos absurdos.

De certo, isto é histórico, aceito, engolido a seco. Voltemos ao nosso personagem, o sofredor, ops, digo, o professor. Não é ele que fica em pé mais de 3 horas por dia, dependendo da quantidade de responsabilidades, até mais? Não é ele que tem que engolir sapos de crianças mimadas, suadas, sebosas, que não foram educadas em casa e levam sua carga ou cagada às salas de aula atormentando os educados e o Sr Professor? Como qualquer outro profissional, não é ele que necessita reciclar seu conhecimento dia e noite no intuito de incrementar e melhorar o estudo, mesmo sendo alvo de perguntas testadoras preparadas pelo nobre público? Sem falar das birras, dos implicantes, dos infantis ainda que grandes.

Paciência, dedicação, maturidade, experiência, tato, humildade. São algumas das características imprescindíveis para se tornar um bom professor e educador, pois além de aturar alguns aprendizes babacas, existirão sempre os ilustres advogados chamados pais, que infelizmente tendem a jogar pelo mesmo time. Poderia citar os bastidores da vida de um professor, que tem suas prestações de conta e atenção as suas respectivas instituições, mas seria desgastante e mais sofredor do que ganhar menos que 3 salários mínimos... como?

Teria essa minha reivindicação algum poder? Vou ser sincero, isso aqui já é velho e repetitivo, já existe até professores que ganham “bem”.  Mas o problema é que ainda são poucos, e quase sempre de ensino superior. Isso nos faz atentar para a educação infantil, fundamental e médio. Capacitar estes profissionais para formarem crianças inteligentes, sendo assim recompensados com justos salários. Afinal, a educação é uma construção, é um investimento. Enquanto nossos amiguinhos de Cingapura aprendem a planejar um orçamento com 7 anos, nossos filhos e filhas literalmente retardados estão tendo que se importar e aprender sobre o nosso querido Pedro Álvares Cabral, que fez muita coisa boa por aqui...não fez? Que coisa, hein...


  Exemplo de didática em um cenário conservador e repetitivo.

Kako Menezes

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