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quinta-feira, 31 de março de 2011

Problemologia Manauara 2.0 - Licitação e Tarifa do Transporte Coletivo

Novas Empresas

O excelentíssimo Prefeito de Manaus Amazonino Mendes anunciou nesta segunda-feira, dia 28, o término da nova licitação para o Transporte Coletivo da cidade de Manaus. As nove empresas vencedoras da licitação devem começar a operar em 60 dias e com isso o investimento no sistema público de transporte deve chegar a R$ 5 bilhões de reais.

Frisando que das nove empresas vencedoras do certame três já atuam no sistema público de transporte. Com a nova frota, mais de 1,6 mil ônibus devem fazer parte do sistema, “totalmente” desvinculado do atual consórcio. Segundo o prefeito, o certame prevê mais 858 coletivos, além de 330 ônibus já adquiridos pelo executivo municipal. A previsão é de que os ônibus comecem a rodar a partir de maio ou junho, o que, segundo o superintendente da SMTU – Marcos Cavalcante, irá depender da logística. De acordo com Amazonino a respeito dos alternativos e executivos, a tendência é que após a nova frota da cidade chegar, seja efetuada à exclusão dos mesmos. Pois segundo ele: “Hoje eles operam como quebra-galho".

Executivos e Alternativos

O superintendente da SMTU frisou que os atuais sistemas Executivos e Alternativos poderão passar por nova licitação. “Precisamos fazer um planejamento. E a empresa responsável definirá se devemos diminuir a frota, aumentar ou quem sabe retirar de circulação” comentou. Caso haja essa nova licitação a tarifa desses executivos e alternativos será diferenciada para não competir com o transporte público. Terminada a licitação do transporte público, as empresas atuantes no sistema e que não participaram do processo ou perderam durante as etapas serão autorizadas, para atuarem até a chegada da nova frota. Questionado sobre uma possível greve dos rodoviários, Marcos Cavalcante descartou a paralisação. “Queremos fazer uma transição nesse sistema de maneira amigável. Os rodoviários sabiam o que o edital previa. Por isso é provável que as empresas vencedoras absorvam os trabalhadores das outras empresas”, destacou.



Tarifa

Pouco mais de 10 mil estudantes da cidade de Manaus estiveram presentes, a manifestação pública contra aumento da tarifa no transporte coletivo, que ocorreu na Praça do Congresso, Centro de Manaus no dia 29 de março de 2011. Saindo em passeata da praça rumo à sede da Prefeitura de Manaus, onde houve a entrega de um documento por parte dos estudantes fazendo reivindicações ao executivo municipal.

Os líderes do grupo estudantil conseguiram  uma autorização para entrar na sede da Prefeitura e protocolaram um requerimento com 10 reivindicações, entre elas contra o aumento da passagem de ônibus e a exigência da destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação. Os estudantes afirmam ser abusivo o preço de R$2,80 para a tarifa do transporte, além de cobrarem o retorno da tarifa social de R$1,10 aos domingos, a popular “domingueira”.

Segundo relato do vice-presidente regional da União Brasileira dos Estudantes, Maick Soares, o Prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, não recepcionou o grupo de estudantes. “Falaram que nem ele e nem o chefe da Casa Civil estavam. Mas não sabemos se ele estava escondido”, afirmou.

O próximo passo dos estudantes é levar o mesmo documento protocolado na Prefeitura para os vereadores na Câmara Municipal de Manaus (CMM). O prefeito da cidade de Manaus Amazonino Mendes teria que definir oficialmente o valor da nova tarifa, mas até agora não houve qualquer manifestação por parte dele. Já que ele assinou o contrato com as novas empresas vencedoras da licitação.

Infelizmente o povo manauara é passivo a tudo o que as pessoas impõem a ele, já que sofremos há mais de 10 anos com o problema do transporte coletivo e não tomamos medidas drásticas para que isso melhore. E eu não falo de depredação pública, eu falo em procurarmos o Ministério Público e os órgãos competentes e mostrarmos que em caso de descumprimento de cláusulas contratuais como "oferecer um serviço digno e com qualidade a população" as empresas sejam multadas e em caso de persistência do problema haja a quebra contratual.

Por isso temos que pensar, refletir e agir de modo a sanar o problema de uma vez por todas.

Japa Ramos

Bullying: A arte de humilhar e a plateia maléfica


Desculpem o excesso de justificativa de minha parte. Peço permissão para interromper a jornada através da problemologia manauara para me empolgar um pouco com um tema. Aliás, as coisas são assim já percebeu? O planejado sempre tem um improviso e a organização é falível diante dos fenômenos naturais. Deixando a dramaturgia de lado, pego carona da formadora de pensamentos e opiniões, a Rede Globo, para também falar do Bullying. Conhece a história do Pedrinho?

Pedrinho era um garoto de regras, disciplinado, praticante da lei do “esse menino vai dar certo”, entretanto, possuía obstáculos na sua vida: pessoas. Na verdade, suas atitudes, pois ao falar de pessoas, prefiro pensar que estas são mutáveis, até as mais más. Então, Pedrinho tinha amigos, usava óculos, era magro, ao mesmo tempo era gordo, tinha o cabelo crespo, era muito branco, era negro, era homossexual, tinha o nariz torto, andava estranho, não atraia meninas, era bonitão, mas não dava mole para as meninas, gostava muito de estudar, andava com amigos tímidos, era nerd. E agora conhece algum “Pedrinho”? É assim que funciona, lhe entrego hoje um manual resumido para bullynizar alguém. 

Há pessoas que buscam um aspecto, físico ou comportamental para denegrir a imagem do outro. É um exercício viciante de indivíduos que se esforçam em “ter graça” em detrimento do estado psicológico do outro. Preste bem atenção quando eu falei em graça, pois é basicamente isso que alimenta a prática do bullying, e o maior culpado de toda essa escravidão agressora de mentes não é sempre o “palhaço”, mas sim, a “platéia”. Você acha que um palhaço iria trabalhar para uma platéia vazia. Entendeu? Existe uma platéia que alimenta essa “graça”, a platéia humilha, ri desesperadamente, estimula. Essas pessoas humilham ainda mais, pois parecem se divertir com o que está acontecendo. Aplaudem o caso. Simplesmente maléfico.



O cyberbullying é pior ainda, pois existe uma platéia cheia de mascarados virtuais, um terrorista sentado em sua casa,escoltado covardemente por quatro paredes, criando blogs e casos, blogs e traumas. Tem em mãos uma arma perigosa de divulgação da ridicularização.

Bem, ainda bem que isso só acontece nas escolas, certo? Longe disso! As platéias são diversas: locais de trabalho, vizinhança, política, o que descarta a possibilidade de ser uma prática associada aos jovens. Há adultos tão patéticos quanto adolescentes bullies. A falta de sensibilidade e de respeito causa traumas impressionantes, às vezes irreversíveis. Há pessoas que amadurecem com experiências como essas. Há aquelas que nunca esquecem. Pois quem bate esquece, mas quem apanha, não.

Quem sou eu para falar sobre isso?

Não sou mestre, tampouco doutor em psicologia, porém, a experiência muitas vezes supera a teoria. Sofri e de certa forma pratiquei bullying. O essencial não é entender conceitos e sim os comportamentos para depois tentar extinguir essa prática. E se der, sem violência, senão, não precisa ser hipócrita e condenar o garoto Casey, afinal, quem nunca sentiu vontade de fazer aquilo, hein?





Kako Menezes

terça-feira, 29 de março de 2011

Big Bullshit, Brazil! - Capítulo 3



“Bial (na TV da casa): - Na vida... a gente cai... pra poder se levantar... e tentar não cair mais. A gente perde... mas aprende com a derrota... pra que possamos transformar esse aprendizado... em uma vitória lá na frente. Sempre... vai ser... assim. QUER DIZER, NEM SEMPRE! PORQUE COM 75% DOS VOTOS, NICOLAS SARKOZY, VOCÊ ESTÁ ELIMINADO! SE FERROU, SEU NARIGUDO! HAHAHAHAHAH

- Musiquinha triste do fundo, enquanto o francês se despede do pessoal. –

Sarkozy (chorando): - Eu queria agradecer a todos vocês! Obrigado por terem votado em mim. Acho que os votos que eu recebi aqui compensam os que meu partido não recebeu nas últimas eleições*. Mesmo que seja pra eu sair, sabe? Valeu, mesmo! Votem bem ou votem mal, mas votem em mim. Ah! Dilma...?

Rousseff: - Oi?

Sarkozy: - Vá tomar “a lê lê blu”, vá!

Rousseff: - Vá se catar, seu impopular!

Sarkozy deixa a casa.


Horas depois...

BUM! - barulho de fora da casa

Pessoal (em corinho): - O quê que é isso, meu Deus do céu!

Ahmadinejad (fora da casa): - Ah! Finalmente consegui o que queria! Eu tenho a mini-bomba caseira! Ahahahahahaha. Agora, eu vou mostrar pra vocês como é que se ganha um Big Bullshit, Brazil! Aahahahahahahaha

Bial: - Pessoal, estão me ouvindo?

Pessoal (em corinho): - Sim!

Bial: - Mahmoud, pode pegar suas coisas e sair da casa, você está eliminado. Sabia que não podia montar a mini-bomba caseira.

Ahmadinejad: - Conversa! Você tá dizendo isso, porque é um poetinha ocidental filho-da-mãe! E eu que pensei que podia contar com vocês do Brasil, Rousseff...*¹ Vocês são todos iguais, sabiam? Até você, Xing-ling! E você também, tiozinho das Índias! É brincadeira, viu? 

Obama: - Então, é assim que se ganha o programa, né? Hahahaha

Mahmoud se retira da casa.

Bial: - Gente, deixa eu aproveitar pra fazer um comunicado. Eu disse que essa era a casa mais vigiada do mundo, né? Pois é, tava mentindo. A audiência tá péssima! Então semana que vem o programa acaba! Terça é a grande final. 

Kirchner: - Bial, qual é "el premio", mismo?

Bial: - O prêmio é surpresa.



Poucos minutos depois toca o Fanhofone:

TRIIIIM! TRIIIIM! TRIIIIM!

Chávez atende: - Alô!

Fanhofone: - Aló! Atenção! Vocé está no paredão! Pegue uma pulsêra branca na dispensa e colóque no polso de uma pessóa que vocé está indicando ao paredão com vocé. Guarde esse segrédo. Hugo, avisa o Berlusconi que ele tem mais uma audiéncia na justiça italiana*²? Obrigado! Só mais uma coisa: posso contar uma piada?

Chávez: - Conte...

Fanhofone: - Vocé vai ganhar na Argentina um prémio por contribuição à democracia e à liberdade de expressão*³... Hahahahahahah

Chávez: - Ué, yo mereço, hã! Muy engraçado!

Fanhofone: - Chávez, dêxa eu aproveitar e te mandar pra...

TU! TU! TU! TU! TU!

Chávez: - Brasileños faños, hijos de la...

Singh: - E aí? O que era?

Chávez: - “Solo um momentito”... – Chávez pega a pulseira branca na dispensa e coloca no pulso do Obama, que estava na cozinha arrotando para agradecer o jantar que Hu tinha feito.

Obama: - What’s this?

Chávez: - Una surpresita, chiquitito! Ahahahaha


CONTINUA...



quinta-feira, 24 de março de 2011

Drama no Japão



 Tremor e Tsunami 

No dia 11 de março de 2011 um terremoto com magnitude de (9) a uma profundidade de 24 km no mar atingiu a costa do Japão que é banhada pelo Oceano Pacífico mais precisamente a ilha de Honshu que é a mais extensa de todas, o que gerou um tsunami e um completo caos no arquipélago nipônico.  Segundo o Centro de Estudos Geológicos dos Estados Unidos o terremoto aconteceu por atrito entre a placa Norte-Americana e Pacífica.
O número de mortos nas cidades atingidas pelos desastres naturais no Japão é de 9.523 pessoas e de desaparecidos é de 16.067. Este foi o balanço feito pela polícia local. Considerado um dos maiores desastres após a Segunda Guerra Mundial, o tremor seguido por uma onda gigante pode ter o número de vítimas aumentado. Os cidadãos japoneses estão tentando retomar suas vidas aos poucos, os lugares públicos e os supermercados estão reabrindo. Enquanto os locais afetados vão recebendo ajuda. Com todo o ocorrido aproximadamente 200 mil pessoas foram retiradas de suas casas e encontram-se refugiadas em abrigos temporários erguidos pelas autoridades. Pelo menos 18 mil casas estão destruídas e cerca de 130 mil imóveis foram danificados, além de um carro e um navio em cima de prédios e um golfinho encontrado em uma plantação de arroz inundada. Após o grande tremor o Japão vem registrando a cada dia réplicas com tremores de magnitude (6) com epicentros quase na mesma região do grande desastre.
 Uma semana depois do terremoto a nação nipônica sobrevivente parou por um minuto e no mesmo horário do ocorrido que foi exatamente as (14:46) minutos na hora local. A mobilização é grande no grande arquipélago mais de 90 mil militares e reservistas japoneses, auxiliados por voluntários estrangeiros especialistas em salvamento, trabalham na zona devastada em busca de sobreviventes. Além de buscas a infraestrutura das vias públicas e de transporte estão sendo recuperadas e isso vem facilitando a tarefa das equipes.

Radiação

Mas o que ainda preocupa as autoridades japonesas e mundiais é o acidente nuclear que aconteceu em Fukushima. Foi o superaquecimento de um dos reatores que é chamado de reator (3), que ameaçou entrar em fusão com o combustível de plutônio e por todo este conjunto de fatores o nível de radioatividade é bastante alto. E segundo informações da emissora japonesa de TV NHK, além de usar caminhões para resfriar o reator as autoridades usam um helicóptero nas operações de resfriamento que é uma prioridade do governo. No reator 2 foi detectada uma nuvem branca de fumaça sem que se tenha detectada a sua origem, mas o reator que apresenta mais problema depois do reator 3 é o reator 4. Apesar de todas estas ocorrências os seis reatores da central nuclear de Fukushima, no nordeste do Japão, já estão conectados a uma linha de energia elétrica externa, depois que um cabo foi instalado no distribuidor das unidades 3 e 4. Os técnicos tentam reativar os sistemas de resfriamento convencional. Bombeiros e militares utilizam jatos d'água e um veículo dotado com um mecanismo que permite lançar a água a 50 metros de altura. Os reatores 3 e 4 , muito avariados, como já havia sido mencionado, são os que representam mais problemas técnicos, assim como a unidade 2.
Os Estados Unidos entregaram 100 trajes de proteção contra as emanações radioativas ao governo do Japão, para uso na central de Fukushima. "Cem trajes NBC (nuclear, biológico, químico) e máscaras de proteção do porta-aviões George Washington foram entregues esta manhã ao governo japonês para ser usados na central nuclear de Fukushima", afirma um comunicado do comando da VII Frota americana. Em uma ligação ao primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, o presidente americano Barack Obama reafirmou apoio ao país e ofereceu o envio de mais especialistas nucleares. Trinta e três especialistas do Departamento de Energia americano e nove analistas da Autoridade de Regulamentação Nuclear (NRC) viajaram ao Japão com oito toneladas de material, informou o jornal "Washington Post". Além disso, cinco bombas de alta pressão foram entregues às autoridades japonesas. A ajuda de Washington para enfrentar a crise na central de Fukushima se limita até o momento a um apoio logístico.





Economia


O presidente do Banco do Japão, Masaaki Shirakawa, disse que a economia do país está em uma situação severa após o devastador terremoto de 11 de março, sugerindo que o banco central pode fazer uma avaliação econômica pior na próxima revisão de política monetária. O governo manteve a avaliação sobre a economia em relatório mensal divulgado na quarta-feira (23), mas estimou que os danos diretos do terremoto e do tsunami em cerca de US$ 310 bilhões, tornando-os o desastre natural mais caro da história. Na semana passada, o BC japonês afrouxou ainda mais a política monetária e sinalizou que está disposto a agir novamente depois de analisar dados sobre os danos do terremoto à economia.
Emoção

A comunidade japonesa no Brasil promoveu, na manhã da última quinta-feira (17), um culto ecumênico em homenagem às vítimas do terremoto e do tsunami que atingiram o Japão na última sexta-feira (11). O ato religioso foi realizado na Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, que fica no bairro da Liberdade, em São Paulo.
O evento reuniu representantes budistas, evangélicos e católicos. O clima foi de muita emoção. São Paulo é a cidade que possui a maior comunidade de japoneses fora do país asiático. O consulado brasileiro em Tóquio efetuou duas missões para resgatar brasileiros nas cidades atingidas pelo desastre.”

Com este evento que atingiu a costa leste do Japão devemos ter uma atitude fraterna de solidariedade, um país que não possui muitos recursos naturais, mas, que conseguiu criar oportunidades com sua criatividade, disciplina e tecnologia. O que serve de exemplo para países como o Brasil com uma imensa riqueza natural. Este post foi uma forma de homenagear as vítimas e de manter informados a todos os Japoneses, Nipo-Brasileiros e Simpatizantes da Cultura Nipônica residentes no Brasil.

Muito Obrigado!


Japa Ramos

Problemologia Manauara 1.0 - Transporte Público

Aposto que quando você vê a sua carruagem chegar, no mínimo meia hora depois, fica empolgado. Estou falando dos ônibus, especificamente os da cidade de Manaus. Como demoram! Como são destruídos! Como são velhos! Como poluem!

Os Índios por Acaso prepararam um jogo de manchetes e imagens para você entender rapidamente a situação do transporte público urbano da cidade de Manaus.
Clique na manchete para ler a notícia na íntegra!




Revista Cidades do Brasil - Abril de 2001




Revista Cidades do Brasil - Dezembro de 2002

"Sistema Expresso de Manaus será reestruturado"


Portal Amazônia - 25 de Julho de 2005
                                                                                                       





Jornaltreplica.blogspot.com - Maio de 2009



"Dupla assalta ônibus e estupra menina de 14 anos 

em Manaus"

PortalAmazonia.com - Maio de 2009


D24 am - Maio de 2010





A Crítica - 23/11/2007





"Transporte coletivo será analisado em pesquisa encomendada pela Prefeitura"

A Crítica - 25 de Outubro de 2010

População terá ônibus gratuito durante todo o dio de eleição.

"Empresas interessadas no transporte coletivo visitam terminais em Manaus"

A Crítica - 20 de Janeiro de 2011

Empresários visitam, nesta quinta-feira (20), sistema de transporte coletivo em Manaus



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Quinta que vem (31), matéria especial sobre o aumento da passagem!

Na próxima quarta, teremos um começo da primeira campanha que será realizada pelo IPA durante o ano de 2011 e a continuação do estudo da problemologia manauense.

Abraços!!
Kako Menezes



terça-feira, 22 de março de 2011

Big Bullshit, Brazil! - Capítulo 2



Pouco antes do programa...

Obama (baixinho): - Dilma, maravilhosa presidente, come here! Vamos combinar “um” coisa?

Rousseff (baixinho): - Fale, companheiro Obama.

Obama (baixinho): - Você “votar” no Mahmoud e eu “fechar” uns “deals” legais com você.

Rousseff (baixinho): - Que tipo de “deals”?

Obama (baixinho): - Algo como apoiar sua government na organization “do” Copa “daquela” jogo com bola nos pés... Como é “a” nome, mesmo?

Rousseff (baixinho): - Futebol? O Soccer?

Obama (baixinho): - Soccer! Exactly!

Rousseff (baixinho): - E o que você acha de facilitar a entrada de estudantes brasileiros em universidades americanas, com bolsas etc.? E que tal desenvolver biocombustíveis em parceria entre Brasil e EUA?

Obama (baixinho): - OK. “Concordar” em prever isso também... No dia da votação votar no Mahmoud, hã? Não “aguentar” mais “a” cinismo “daquela iranian”.

Dilma (baixinho): - Missão dada é missão cumprida, Bará!

Algumas horas depois...

“Bial: - Estamos de volta! E vamos direto falar com nossos participantes... Alguém aí tá a fim de ser o líder, pessoal?

Pessoal (em corinho): Opa! Eu!

Bial: - Então, vai todo mundo lá pra fora que hoje é dia de “prova do líder”... Bom é o seguinte: estão vendo o carro, certo? Todos devem entrar no carro agora. O último que sair é o novo líder. Vocês não poderão dormir, ir ao banheiro e, muito menos, comer.

Berlusconi: - Bial, se eu quiser, posso dar uns amassos na Cristina?

Cristina: - Niño, para con eso!

Bial: - Não, claro que não!

Berlusconi: - Droga!

Bial: - Alguém tem mais alguma dúvida?

Ahmadinejad: - Bial, tenho uns equipamentos aqui no bolso... Eu posso enriquecer urânio lá dentro do carro?

Bial: - Não, Mahmoud, não pode. Agora, chega de papo e vamos à prova. Podem entrar.

3 minutos depois, todos menos Mahmoud e Barack saem do carro...

Dilma: - Pelo amor de Deus! Bial, era p’cê ter proibido de falar também. Esse Nicolas é muito chato!

Nicolas: - Tem razão! Devia proibir de falar antes que você dissesse de novo que “o meio ambiente é prejudicial ao desenvolvimento sustentável”! Vá tomar “a lê lê blu”!

Obama (de dentro do carro): - Bial, the last question: o que ser o líder, ganhar também o carro?

Bial: - Você faz questão, Barack? É o presidente dos Estados Unidos, meu Deus! Por que iria querer um carrinho popular brasileiro?

Obama: - It’s because a industry de automóveis ainda estar fraca no “Iu-Ess”. Não poder recusar um carro de grátis pra levar pra lá, hã?

Bial: - Caramba! OK, então! O carro é seu, Barack, independente de quem for o líder, tá bom assim?

Obama: - “Muito obrigado”! “Cidati maravilhôsa”!

Mahmoud sai do carro: - Não consigo ficar do lado desse ocidental sem ter a vontade de cortar sua cabeça.

Bial: - Parabéns, Barack! Você é o líder!

Obama: - “Brazil ser abençoado por Deus e bonitu por natureza...!”

Bial: - ...Mas que beleza! Em quem você vota, Bará?

Obama: - Já? Mahmoud!

Bial: - Pra não desperdiçar tempo, deixa eu tentar adivinhar: todo o resto vota no Sarkozy?

Pessoal (em corinho): - Sim! Fora Sarkozy!

Bial: - Certo! Eu tenho uma surpresa pra vocês. Mais seis participantes entrarão hoje na casa. E eles que vão decidir o terceiro indicado. Podem entrar Angela, Hu, Dmitri, David, Manmohan e Hugo!

Cristina: - Ah, não! Chávez não!

Bial: - Então, em quem vocês votam? Comecemos por você, Angela.

Merkel: - Eu voto no Dmitri.

Medvedev: - Eu voto no David.

Cameron: - Eu voto na Angela.

Singh: - David.

Chávez: - Dmitri.

Hu: - Como não posso votar no Barack e o japonês, graças a Deus, nem veio, voto na Angela.

Bial: - Uau! Temos um empate triplo. O Bonzinho tá me dizendo aqui que a regra é eliminar os três empatados. Dmitri, Angela, David, podem voltar pra casa. Muito obrigado pela participação! Mesmo assim o paredão tá formado: Mahmoud Ahmadinejad e Nicolas Sarkozy. Valeu a você de casa. Vote e continue espiando!

Marvin Bessa

segunda-feira, 21 de março de 2011

Depois do hiatus

Hoje, dia 21 de Março, é comemorado o Dia Nacional da Terra e isso não tem absolutamente nada a ver com o post de hoje. Bom, a não ser o fato de que o filme se passa na Terra. Enfim, o filme escolhido para hoje é, assim como o de semana retrasada, um dos filmes indicados ao Oscar de melhor filme de 2010/2011: Cisne Negro, o thriller psicológico do muito bem falado Darren Aronofsky.


Palavras da revista Empire: “an extraordinary intoxicating masterpiece” (uma obra-prima extraordinária e inebriante).

Eu tenho certeza que boa parte de vocês já ouviu algum ser humano comentando sobre tal filme. É bastante comum ouvir coisas como “Não faz sentido”, “Não tem lógica” ou “É confuso”. Besteira! Esqueça tudo isso. Os elementos do filme estão todos ligados e fazem perfeito sentido, mas vamos por partes.

Como de costume, eis o trailer seguido de uma sinopse:


Nina (Natalie Portman) é bailarina de uma companhia de balé de Nova York. Sua vida, como a de todos nessa profissão, é inteiramente consumida pela dança. Ela mora com a mãe, Erica (Barbara Hershey), bailarina aposentada que incentiva a ambição profissional da filha. O diretor artístico da companhia, Thomas Leroy (Vincent Cassel), decide substituir a primeira bailarina, Beth MacIntyre (Winona Ryder), na apresentação de abertura da temporada, O Lago dos Cisnes, e Nina é sua primeira escolha. Mas surge uma concorrente: a nova bailarina, Lily (Mila Kunis), que deixa Leroy impressionado. O Lago dos Cisnes requer uma bailarina capaz de interpretar tanto o Cisne Branco com inocência e graça, quanto o Cisne Negro, que representa malícia e sensualidade. Nina se encaixa perfeitamente no papel do Cisne Branco, porém Lily é a própria personificação do Cisne Negro. As duas desenvolvem uma amizade conflituosa, repleta de rivalidade, e Nina começa a entrar em contato com seu lado mais sombrio, com uma inconseqüência que ameaça destrui-la. 

Para os que não estão familiarizados com o balé “O Lago dos Cisnes”, a citação do início do trailer é suficiente para entendê-lo: “É sobre a garota que é transformada em um cisne. Ela precisa de amor pra quebrar o feitiço, mas seu príncipe se apaixona pela garota errada e, então, ela se mata.” Dramático, sim, mas onde o cisne branco e o negro entram nessa história? Simples. O cisne branco seria a garota “certa” e o negro, consequentemente, seria a “errada”. Enquanto o cisne branco é doce, ingênuo, frágil e contido, o cisne negro é forte, malicioso, sensual e espontâneo. Nota-se claramente aqui um dualismo entre os dois cisnes, ou seja, eles funcionam de formas inconciliáveis e totalmente opostas. O filme tenta sempre mostrar bem esses extremos, como, por exemplo, nas roupas.


Percebam que Nina usa sempre roupas de tons mais claros, enquanto Lily opta pelas de tons mais escuros. A ideia é a de que as duas sejam as personificações dos devidos cisnes.

Para entender bem o filme, vamos nos focar na personagem principal. Nina é uma bailarina perfeccionista e aplicada ao extremo e isso faz com que seus movimentos sejam precisos, mas muito rígidos. Sendo assim, ela tem bastante facilidade para dançar e interpretar o cisne branco, mas encontra dificuldade para com o cisne negro. Isso porque ela teria que liberar seu lado mais forte e sensual, tarefa não muito fácil para a contida e até frígida bailarina.




A história do filme gira em torno de Nina buscando aperfeiçoar o seu papel como cisne negro, mas ela encontra diversas dificuldades no caminho. Além de toda a pressão causada pelos bastidores de uma companhia de balé - e também pelo seu diretor -, Nina sofre de bulimia e, para completar, é atormentada por uma série de alucinações. Ela também sente o peso de ter uma mãe, ex-bailarina, superprotetora a níveis sufocantes e que parece orgulhosa por sua filha, mas ao mesmo tempo demonstra certa inveja por não ter conseguido chegar aonde a filha chegou. Para completar o "combo", a chegada de Lily à academia deixa Nina muito mais nervosa e insegura. Todos esses fatores fazem com quem suas alucinações só piorem à medida que se aproxima a data da apresentação. A confusão mental de Nina chega a um ponto em que ela nem sequer consegue discernir o que é real do que é imaginação. Chega até a confundir quem está assistindo, já que vemos o filme do “ponto de vista” de Nina, mas nós fomos beneficiados pela edição de áudio. Sempre que Nina está alucinando, ela ouve (e, logicamente, nós também) sons estranhos, mas conhecidos. Seja um bater de asas, a sua mãe chamando-a repetidamente de “sweet girl” ou a risada de sua “arquiinimiga”. No entanto, a jogada mais genial foram as imagens escondidas na cena em que Nina e Lily vão para uma boate (isso porque recomendam constantemente que Nina relaxe e viva um pouco mais). A cena é bem rápida e as imagens só podem ser vistas em câmera lenta ou pausando. 



Quem não assistiu ao filme provavelmente não vai entender boa parte dessas imagens escondidas, então, eu espero atiçar a curiosidade daqueles que ainda não assistiram. Não contar o desfecho virou praticamente política da casa e não será diferente hoje.

Há diversas coisas interessantes para serem retiradas e comentadas a respeito do filme como, por exemplo, a mãe que teve seu sonho destruído por uma gravidez e que passou a viver em função da filha ser o que ela não foi. Essa pressão findou por refletir na personalidade e no comportamento de Nina. Principalmente no comportamento em relação ao balé. É possível notar facilmente a busca da bailarina pela precisão e perfeição dos movimentos, mas nunca sequer a vemos se divertir ao dançar. É como se ela dançasse para agradar a seu diretor ou a sua mãe. Basicamente, agradar a todos menos a si mesma. Isso reflete muito bem o que muitos jovens passam hoje em dia em épocas de vestibular, por exemplo. Os “negócios de família” acabam por formar profissionais medíocres e que não gostam do que fazem. Isso porque a sociedade impôs que filho de médico deve ser médico e que filho de advogado deve ser advogado (não é sempre, lógico). "Nada abaixo disso. Nem pensar! Pra quê cursar uma área que não traz retorno financeiro? É besteira. É burrice". O que fazer quando seus talentos são voltados para profissões mal pagas? O que fazer quando uma pessoa sabe que nasceu para ser professor? Aliás, é inconcebível certas profissões, como a de professor, não terem seu devido reconhecimento. Como pode a maioria das pessoas que são responsáveis por nos passar conhecimento receberem um salário tão meia-boca? Consequentemente, o baixo salário gera poucos e maus profissionais o que dificulta ainda mais as melhoras no sistema educativo. 


Outro ponto é: as pessoas deixam de cursar o que as realizariam e buscam o que é mais conveniente, o que soa melhor e/ou o que agrada mais aos outros. Eu, sinceramente, não as culpo e não culpo somente os governantes porque, querendo ou não, nós vivemos num mundo injusto. Querer um salário mais justo para todos é utópico. Uns vão receber pouco trabalhando muito e outros vão receber muito "governando". É assim desde sempre e não há nem sequer vestígio de mudança. É triste, mas c'est la vie.

Jess Freitas