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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Os conservadores estão morrendo (Parte 4)

Casamento e família gay


Ainda sobre o aspecto moral dos gays, vem à tona um debate indispensável na abordagem desse assunto tão complexo: o casamento.

É evidente que partiremos das premissas já citadas em Os Conservadores Estão Morrendo (Parte 3). São elas: (1) um cristão pode até não ver imoralidade no homossexualismo, mas o cristianismo vê; (2) um gay pode até se dizer religioso, mas se quiser seguir a doutrina à risca, terá que tomar o rumo da santidade; (3) o combate cristão não é contra os gays, mas contra sua prática (pelo menos na teoria).

Dá ou não dá pra compreender as duas posições? Claro que dá! Basta levar em consideração o que cada um dos lados acredita como verdade. Aí é com você. Mas de que lado você está? Você acha que o casamento gay é uma afronta ao instituto da família, por violar a “sexualidade natural” e perpetuar a quebra de valores básicos da moral religiosa? Ou acha que não há nada mais justo com pessoas que têm os direitos fundamentais da igualdade e da liberdade? Dê sua opinião na enquete ao lado.

Bom, de qualquer forma, aqui chegamos ao clímax da discussão, porque já falamos sobre a legitimação social do que é normal. E o que é, ao mesmo tempo, fonte e produto de legitimação social? Exatamente! A lei! Pela Constituição Federal, no seu artigo 226, parágrafo 3º, é reconhecida como família a união estável entre homem e mulher. Porém, o que está em vigência, não esqueça, é a decisão do STF de maio desse ano, pela qual casais do mesmo sexo são reconhecidos como instituição familiar, independentemente do casamento, forma pela qual os homossexuais conseguiram mais de cem novos direitos. E agora, José? O que é normal?

Juridicamente, a questão da família foi quase resolvida. Mas e a educação de filhos adotados por gays? Esse será o assunto da quinta-feira. Até lá!

CQC: Os dois lados da moeda

Marvin Bessa

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