Páginas

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Os conservadores estão morrendo (Parte 5)

Educação gay

Sabemos que as primeiras coisas que aprendemos foram nossos pais ou quem quer que tenha nos criado que nos ensinaram. Essa base da formação de qualquer ser humano determina sua personalidade e seus hábitos, embora tudo isso possa ser alterado, dependendo do grau de influência que os pais mantenham ao longo da vida.

A normalidade, de que já tratamos bastante, é definida a partir da criação dos pequeninos. Eles crescem com um conjunto de costumes e pressupostos e só passam a ficar mais flexíveis quando descobrem que têm a mesma capacidade de adquirir conhecimento que seus genitores, antes numa posição superior em função do maior poder de assimilação, que simbolizava a vulga sabedoria.

Agora, imagine a situação de uma criança criada por pais gays. Ela está acostumada com a ideia de que pessoas do mesmo sexo existem para ser parceiras quando adultas. Depois, ao se confrontar com crianças na escola e na rua que têm em casa pais de sexos diferentes, a tese evolui para a da possibilidade: as pessoas podem formar suas famílias sendo hetero ou homoafetivas. Com um pouco mais de tempo, a criança percebe que sua família é, na verdade, peculiar e não o “normal”. E, finalmente, mais tarde, ao descobrir a sexualidade, o filho entende o porquê de não estar num lar convencional: fisiologicamente o homem existe para fazer sexo com a mulher. Lembro que não levo em consideração um possível acesso da criança à moral religiosa, porque, sendo assim, ele recebe as informações heterossexuais muito mais cedo.

O que seria, então, melhor para o filho, socialmente falando? Será que a adoção gay ajuda o mundo a perpetuar a negação ao preconceito? Ou será que faz mal à criança pelo ainda predominante estranhamento à tal orientação sexual ou à simples afeminação ou masculinização (afinal, não podemos dizer que uma criança é gay)?

Exatamente por terem como regra o heterossexualismo, intelectuais e moralistas (que, muitas vezes, não são necessariamente os mesmos) apontam a constituição da família gay como um desvio da socialização primária do adotado. E agora, José? O que é normal?

Fantástico: "Eles não são uma família" diz juíz de Goiás

Marvin Bessa

Nenhum comentário:

Postar um comentário