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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Os conservadores estão morrendo (Parte 2)

A crescente aceitação e a suposta normalidade


Imagine a seguinte situação: você chega em casa e sua filha ou irmã mais nova está assistindo, como sempre, a algum programinha adolescente na TV. Normal, sem problemas. Você fala com ela e tudo o mais até que percebe uma cena um tanto diferente na tela. Lá, um rapazinho afeminado conta para a sua melhor amiga que está a fim de um tal de Fernando Augusto. Que reação teria a menina na sua sala? Um: “Hã? QUE QUE É ISSO, MEU DEUS?!”; ou dois: “Aaaaaaai, que fofooooooo!”? 

O estranhamento à nova era em que entra gradativamente a sexualidade mundial não pode ser entendido como preconceito. Pelo amor de Deus, não estou dizendo que todo mundo será gay no futuro, mas apenas que a tendência é haver cada vez mais compreensão com eles. Se a garota disse “Hã? Que que é isso meu Deus?” ela não pode ser culpada por isso, claro. A possibilidade homossexual é nova na cultura (pelo menos pra maioria) e a aceitação dessa novidade não é adquirida tão facilmente, inclusive pela resistência que existe por parte de quem não entende tudo isso como normal.

E aqui entramos na questão da "normalidade". O que é ser normal? Existe um padrão social? Bom, existe. Ainda prevalece, por exemplo, aquele que é branco. Prevalece também aquele que é bonito. E por que não dizer que prevalece aquele que é hétero? Essa ideia de superioridade existe, não há como negar. Mas será que ela é correta? Particularmente, não acredito nisso.

Claro que a barreira com discriminados existe em função de choques culturais, mas quando a discussão entra no campo da moral passa a ofender quem quer que seja o alvo dessa exclusão. Será esse o eterno limite à tal aceitação? Esse será o tema de terça-feira que vem. Até lá!

Agora É Tarde - Passou na TV Parada Gay

Marvin Bessa

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