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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A econômica mente caminhando


Pra um país que cresce em meio a uma crise mundial e que receberá os maiores eventos esportivos sem suporte pra tal, 2012 será crucial economicamente falando.
              
Ao passo em que a presidente reuniu com seus 200* ministros, uma nova mulher foi apresentada hoje como parte do governo: Maria das Graças Foster, ou Graça, para íntimos (ou Gracinha, para Hebe), a mulher do currículo de 5 folhas! E esse currículo não é político! Sim, isso não é piada! A escolha para nova comandante da Petrobrás foi técnica, pasmem os leitores! Embora a decisão (pelo menos a oficial) tenha sido especificamente do ministro da fazenda Guido Mântega, credita-se ao governo Dilma tal indicação. É louvável, há que se dizer! Nada impede, claro, de novas “participações inusitadas do governo” acontecerem como na Vale nos últimos tempos, porém as chances de isso acontecer agora na nossa maior estatal são bem reduzidas, pelo simples fato de sua nova chefa não ser política, ainda que o Conselho Administrativo e os cotistas também sejam fundamentais para determinar as diretrizes da empresa, importantíssima pra nossa economia (de olho no pré-sal).

Enfim, Graça Foster é apenas uma das outras dez mulheres integrantes do governo. Mulheres essas que, como dito, estiveram ontem com a dama de vermelho do Palácio do Planalto. E embora voltemos a falar do encontro ministerial, não deixamos de falar de economia, tema de duas das três horas e meia da reunião. E toda essa importância é graças aos aparentemente contraditórios planos governamentais de cumprir a meta fiscal, diminuindo ainda mais o orçamento, e ao mesmo tempo continuar investindo nos programas sociais, continuar melhorando a eficácia da administração e continuar facilitando a política monetária (pra tal eficácia planeja-se, inclusive, a implantação de uma prestação de contas online por parte dos ministérios, o que é interessantíssimo).

Se a distribuição de renda e o aumento da classe C, jogadas manjadas desde o Lulismo (que, cá pra nós, está em vigência até hoje) são alvos do Executivo, então COPOM e Banco Central vão ter que penar entre aplicação de juros e combate à inflação.

De novo: pra um país que cresce em meio a uma crise mundial e que receberá os maiores eventos esportivos sem suporte pra tal, 2012 será crucial economicamente falando.



* Brincadeirinha... são "só" 38.

Marvin Bessa

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