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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O relaxo que destoa do heroísmo

Passam os anos e os supostos heróis mudam, mas sua postura não: relaxam

Não é de hoje que Manaus tem sérios problemas de segurança. É fácil perceber! Basta você dar uma inocente caminhada depois da meia-noite pelo Dom Pedro, assistir ao Comunidade Alerta do Ronaldo Tabosa (que, indicam alguns rumores, gravará um CD de ópera em dueto com Anderson Silva) ou talvez fazer um “pijama tour” em qualquer bairro da zona leste. Dali pra tensão basta um pouquinho só. E como dito, isso não é de hoje. E esse é o problema! Passam os anos, e os que deveriam ser “nosso heróis contra o crime” relaxam como se nada estivesse acontecendo.

É certo que Segurança Pública é responsabilidade do governo do Estado, mas isso não isenta de culpa a prefeitura. Da parte desta um projeto social que seja seria muito bem-vindo. Não é ilusão e nem ingenuidade, é o que dá certo em todo o canto!

Várias prefeituras americanas combatem às drogas, o que em médio ou longo prazo praticamente dissolve a criminalidade. Isso é dado estatístico! É o caso de Washington, por exemplo, que em 20 vinte anos diminuiu o crime numa média de 25% a 30%. E se você acha que é pelo simples fato de ser nos Estados Unidos, onde aparentemente há maior comprometimento dos políticos com a população (o que, lógico, é relativo) ou onde existem mais recursos, é aí que você se engana. As medidas usadas pelas autoridades da capital americana foram de reforço policial nas ruas e aplicação de legislação e fiscalização mais rígidas, fatores que podem muito bem ser aplicados hoje em dia não só no município manauara, como no resto do país.

Mas que político toma as rédeas pra solucionar tal problema? As promessas que inflamaram os discursos eleitorais em 2010 quase não vieram à tona. Na verdade, o governo do Amazonas age até consideravelmente, se levarmos em conta os cursos de capacitação impostos a tantos oficiais e as quase 500 novas viaturas nas ruas (embora pareça, não é propaganda pro governo; tenha bom senso). Mas muito ainda há que ser feito. Nenhum de nós quer continuar encontrando tráfico de drogas e assassinato nos jornais de um real (que de jornais não têm quase nada, a não ser quando noticiam as relevantíssimas novidades sobre ensaios de popozudas). 

Marvin Bessa

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