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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Religião Se Discute!


O que mostrarei aqui é como surgiu o cristianismo e as vertentes que surgiram deste pensamento, e como estão estas vertentes em nosso país nos dias de hoje. Primeiramente vem todo o contexto histórico de um destes citados a cima, após isso darei o meu ponto de vista a respeito do assunto.

Cristianismo

Como quase todos sabem, o Cristianismo teve como base o Judaísmo, doutrina que forneceu a Jesus toda a sua educação religiosa. Antes de sair pregando as Boas Novas, ele aprendeu nas sinagogas todas as tradições judaicas. E tendo como base o Judaísmo, o Cristianismo assumiu várias de suas características e referências, tanto que o Antigo Testamento ainda faz parte da Bíblia Cristã. E um dos mais importantes reflexos desta estreita relação entre as duas vertentes embora as pessoas pouco ligam para isso, é o fato dos dois pensamentos serem crenças monoteístas.

O mais interessante é que não há nenhum registro nos Evangelhos – as únicas fontes que contam a história de Jesus Cristo – de que ele tenha sugerido com atitudes, palavras e pensamentos a criação de uma nova religião. Não parece em momento algum que essa tenha sido a sua real intenção durante a sua passagem entre nós. Jesus foi, de certo modo, uma espécie de reformador do Judaísmo, tanto que primeiramente o Cristianismo manifestou-se como uma relação da continuidade da fé judaica, e também de realização de antítese com isso é que veio se firmar uma nova vertente chamada de Cristã. Cerca de dois séculos depois da partida de Cristo, quando o número de Cristão não Judeus passou a superar o de Cristão Judeus, foi que o Cristianismo rompeu definitivamente com o Judaísmo.

Apesar de não ter sido especulado ou arquitetado por Jesus, pode-se falar que o Cristianismo é legítimo, levando em conta que os primeiros cristãos conviveram diretamente com Jesus Cristo. Os Apóstolos fixaram as bases da Igreja sobre ensinamentos que escutaram do próprio Nazareno.


Catolicismo

O Catolicismo confunde-se com a própria história do Cristianismo, pelo menos até o Grande Cisma do Cristianismo Oriental, a Reforma Protestante que será vista adiante. Durante vários anos o Império Romano tentou lutar contra expansão do Cristianismo ao redor do mundo, pois a fé e a lealdade dos Cristãos em Jesus eram tão grandes que os imperadores viram-se ameaçados pela expansão daquela religião. No início do século IV, Roma percebeu que não poderia mais lutar contra aquela situação, e se viu na posição de aceitar ou eliminar o Cristianismo de uma vez por todas. O imperador Diocleciano até tentou erradicar a religião cristã, mas não conseguiu. Constantino, o imperador romano, então, decidiu tornar-se cristão, tudo isso por questões políticas. Deste modo, o então “Presidente do mundo" era, oficialmente, um seguidor de Jesus. Estava criado o "Império Cristão".

A doutrina Católica é universal e o pilar do Catolicismo, assim como o das outras Igrejas Cristãs é a Bíblia. O principal culto é a missa, cerimônia centrada no ministério da transubstanciação. Segundo um dos dogmas da Igreja Católica, pela consagração, a HÓSTIA e o VINHO oferecidos na eucaristia são transformados no CORPO e no SANGUE de Cristo. Os sete sacramentos são ritos simbólicos mais importantes, pois, através deles, o Cristão é beneficiado espiritualmente. São eles: BATISMO, EUCARISTIA, CRISMA, CONFISSÃO, UNÇÃO DOS ENFERMOS, MATRIMÔNIO e ORDENAÇÃO. O matrimônio é um sacramento opcional, apenas necessário para o homem e a mulher que forem viver juntos. A ordenação também só se refere àqueles que decidirem adotar uma vida eclesiástica, aos quais é proibido o sacramento do matrimônio.

Uma vez edificada a instituição Igreja Católica Apostólica Romana, estava criada também a primeira Igreja cristã, que se dividiria em diversas outras no decorrer dos séculos. Os Católicos reconhecem a autoridade suprema do bispo de Roma – ou seja, do papa. O cargo de líder absoluto da Religião Católica é vitalício e vem sendo transmitido desde os tempos de Jesus. Assim, para a Igreja Católica, o papa é o sucessor de Pedro. Esta crença é um dos pontos de maior divergência entre religiões cristãs, pois a autoridade do papa foi um dos motivos que levaram à grande Reforma e ao Cisma do Oriente.

No início da década de 1990, o número de Católicos no mundo era de 995,8 milhões ( 18.8% da população mundial). Porém, o crescimento de outras religiões vem ameaçando a maioria dos seguidores da Igreja Católica. A espécie de paralisia da qual sofre a Igreja (não só a católica, mas também outras religiões cristãs tradicionais), no sentido de não conseguir atrair novos adeptos e, ainda por cima, perder antigos, tem resultado na criação de várias novas seitas cristãs e não cristãs. Mas as divisões do Cristianismo não vêm de agora, como poderemos ver.


Protestantismo

Protestantismo é uma das três maiores divisões (Catolicismo, Ortodoxa e Protestantismo) do Cristianismo. Este movimento iniciou-se na Europa central no início do século XV como uma reação contra as doutrinas e práticas do catolicismo romano medieval.


As doutrinas das inúmeras denominações protestantes variam, mas muitas incluem a justificação por graça mediante a fé somente, o sacerdócio de todos os crentes, e a Bíblia como a única regra em matéria de fé e ordem. No século XVI, seguidores de Martinho Lutero fundaram igrejas "evangélicas" na Alemanha e Escandinávia. As igrejas reformadas na Suíça e França foram fundadas por João Calvino e também por reformadores radicais como Ulrico Zuínglio. Thomas Cranmer reformou a Igreja da Inglaterra e depois John Knox fundou uma comunhão calvinista radical na Igreja da Escócia.

Os "Reformadores" foram pessoas de vasta cultura teológica e humanista: Calvino estudou em Sorbonne e seu pai era bispo, Lutero era monge, professor universitário da Bíblia, Zuínglio era sacerdote e humanista. De acordo com o programa dos humanistas, eles buscaram nas fontes da antiguidade cristã as bases para uma renovação religiosa. Lendo as Sagradas Escrituras e retornando aos "pais da Igreja", descobriram uma nova visão da fé e uma doutrina bíblica Cristocêntrica. O protestantismo assumiu três formas básicas: a luterana, a reformada (calvinista) e a anglicana. O protestantismo não possui organização centralizadora, porém suas igrejas estão organizadas em igrejas nacionais e em concílios internacionais tais como a Aliança Mundial de Igrejas Reformadas e a Federação Luterana Mundial.


Catolicismo e Protestantismo

As diferenças entre a doutrina católica e a doutrina da maioria dos grupos protestantes é bastante grande. Superficialmente, as suas divergências mais significativas falam a respeito do papel da oração e das indulgências, à comunhão dos santos, à doutrina do pecado original e da graça, à predestinação, à necessidade e natureza da penitência, e ao modo de obter a salvação, com os protestantes a defenderem que a salvação só se atinge através da fé, em detrimento da crença católica de que a fé deve ser expressa também através das boas obras.
Há também diferenças importantes na doutrina da Eucaristia e dos outros sacramento (os protestantes só professam o Batismo e a Eucaristia, que são para eles meros sinais que estimulam a fé), na existência do Purgatório, no culto de veneração à Virgem Maria e aos santos, na forma de interpretação (com os protestantes a defenderem a interpretação pessoal ou livre-exame das Sagradas Escrituras) e na composição do Cânone das Escrituras, no papel da Tradição Oral, na própria natureza, autoridade, administração, hierarquia e função da Igreja, incluindo o papel da Igreja na salvação,  no sacerdócio, e também na autoridade e missão do Papa.
Contudo, visto que entre as denominações protestantes há diferenças consideráveis, de alguns setores do Anglicanismo, aproximam-se do catolicismo, autointitulando como anglo-católicos. A pouco mais de 10 anos, o dialogo ecumênico moderno levou finalmente a alguns consensos sobre a doutrina da justificação entre os católicos e os luteranos, através da Declaração Conjunta Sobre a Doutrina da Justificação(1999). Além disso, esse diálogo trouxe também vários consensos sobre outras questões doutrinárias importantes, nomeadamente entre os católicos e anglicanos.
O que mostrei neste texto, foram as divergências entre as religiões cristãs. Algo que eu particularmente não consigo compreender, se o Deus é o mesmo e se temos o mesmo propósito, para quê temos que ficar brigando? Não é uma igreja ou uma religião que nos salvará, é a nossa fé e ações em pro do bem e de Deus, a religião veio para direcionar as pessoas para o caminho dele, mas apenas para direcionar, a única verdade absoluta é Deus e o único vínculo real com ele é a nossa fé e a Bíblia, e mesmo assim escrita por homens!


 Japa Ramos

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