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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Reflexão de um velho papo fora de lógica

Estava conversando com um amigo esses dias para voltar meu pensamento à problemologia manauara. Para uma construção de textos como os nossos, necessitamos fazer ao menos uma pesquisa, para evitar o anúncio de notícias equivocadas, enganosas. A verdade é que os Índios por Acaso não são um veículo dos meios de comunicação. Se nos aproximarmos de algo do tipo, mudaremos o nome da categoria. Nosso objetivo é ser transparente, é enxergar o que está diante dos nossos olhos sem intermédios que frequentemente aparecem como obstáculo.

O esclarecimento dos problemas que a cidade de Manaus enfrenta será sempre discutido no nosso site. Críticas jogadas ao ar livre, esperando cair em algum ouvido também inspirado em mudanças. Temos problemas já comentados como a urbanização de Manaus desenfreada, desregularizada, atrapalhada. Desde o primeiro post sobre a problemologia,  já detectamos fatos sociais que coincidem com nossas críticas, como o da violência urbana.  O primeiro passo de um crítico assíduo é apontar os erros. Só que estamos saturados de defeitos. Falta alguém apontar as soluções, mais ainda; tentar colocá-las em prática. As avenidas estão repletas de armadilhas, tanto para carros como para pessoas. A iluminação pública é concentrada somente em alguns lugares e a violência pública agora é pública. Peraí, só um minuto.   

Hoje, me apetece falar de um problema pelo qual os estudantes passam. Uma educação contraditória, fora de lógica. A educação pública é eficiente em alguns pontos, lembrando aquele ditado "um em um milhão". As particulares dominam os primeiros lugares nas listas dos vestibulares das Universidades Estaduais e Federais. Pela lógica, os alunos que têm condições de pagar uma escola particular são os que também teriam as mesmas condições de pagar uma Universidade Privada. Já os alunos da rede de ensino público, por causa da precariedade que envolve infra-estrutura, capacitação do corpo docente e falta de planejamento em geral, não conseguem em sua maioria obter uma vaga nas Universidades Públicas, que por serem almejadas por TODOS (escolas públicas e privadas) encontram uma concorrência de peso pela frente. Essa concorrência é altamente preparada e a Universidade GRATUITA é o seu objetivo. Além da questão econômica, há razões intimamente ligadas ao reconhecimento e à valorização de um aprovado universitário nas escolas superiores públicas. Há anos isso é pregado pelos professores de todos os colégios, eles anunciam uma prosperidade prometida, provavelmente bancada por um sistema no futuro, onde o julgamento que prevalece é o do "mais esforçado", o do "federal", ou aquele que conseguiu a vaga concorrida por milhares. Esse prestígio é seguido do pré-conceito de que o resto das ferramentas públicas é mais eficaz que a Universidade privada. Estatisticamente, talvez, mas como eu disse, tudo é relativo. Até essa minha reflexão, pois esses fatos de vestibulares não são ciência exata. Nem todo aluno de escola particular ingressa na Faculdade Pública e vice-versa.

O alvo às vezes não é acertado, as pessoas seguem um estereótipo passado pelas gerações, no entanto, qualificações que se ganham lateralmente a uma instituição são as que caem como ouro no currículo de qualquer um. Porém o estudante é cego, blindado das informações adicionais, alienado. Alô? O mundo é dinâmico e nós manauaras vivemos ilhados. Às vezes me pergunto se a era da informação não chegou aqui. Será que o problema é dinheiro? As tradições às vezes são traiçoeiras, direito, medicina, concurso público, OAB, empresário, pa, pa, pa...                                                                                                                                  

Kako Menezes

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