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segunda-feira, 30 de maio de 2011

A arte de falar... bem

rtClássicos. Filmes clássicos. Filmes clássicos estrelados por lendas. Marlon Brando, Charles Chaplin, Henry Fonda, James Dean, Kirk Douglas, John Wayne, Marilyn Monroe, Elizabeth Taylor, Audrey Hepburn, entre outros. Audrey Hepburn: a princesa do plebeu, a bonequinha de luxo, a cinderela em Paris. A Bela Dama (My Fair Lady).
  
O filme de 1964 é um musical/comédia baseado na peça teatral “Pigmalião”, de George Bernard Shaw. Conta a história de uma pobre vendedora de flores ambulante, Eliza Doolittle, cujo inglês é uma desgraça, tanto na pronúncia, quanto no vocabulário. Henry Figgins, um professor de fonética, encontra Eliza em uma noite qualquer e logo nota sua terrível pronúncia e faz anotações fonéticas em seu pequeno caderno. Ao ser alertada de que um homem estranho estava anotando tudo o que saía de sua boca, Eliza imediatamente decide tirar satisfações e pedir ajuda, em seu jeito único, pois achava que se tratava de um detetive ou coisa do tipo.


Depois de muita confusão e discussão, Henry se identifica como professor de fonética e demonstra a incrível habilidade de descobrir as origens de cada pessoa somente através de seu sotaque. Ao encontrar um amigo, Hugh Pickering, no mesmo local, o confiante professor aposta que consegue transformar aquela pobre florista mal vestida em uma dama em seis meses. A aposta é feita e o desafio é lançado.
 
A peça e o filme trazem um ponto importantíssimo que, muitas vezes, é esquecido por nós: a importância da fala correta. Uma pessoa que fala e se expressa corretamente passa crédito. Bom, pelo menos para mim. Para outros, falar corretamente é sinônimo de arrogância e prepotência. Não serei hipócrita a ponto de dizer que sempre sigo às regras quando converso com qualquer pessoa, até porque nós tendemos a deixar as formalidades de lado ao falarmos, por exemplo, com amigos. Mas alto lá! Deixar as formalidades de lado é diferente de falar errado. Usar “tu” no lugar de “você” é diferente de falar “nós vai” (não que seja menos errado).


Nós chegamos ao ponto em que falar errado tornou-se cultural. A internet, por exemplo, é um berço para absurdos ortográficos. Hoje em dia, não só pregam a liberdade de expressão, como também pregam a liberdade ortográfica! “Eu escrevo como eu quiser. Eu falo como eu quiser. O problema é meu”. Até quando? 

Jess Freitas

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